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Marcelo Flório nasceu no dia 16 de abril de 1968, no bairro de Vila Mariana, na cidade de São Paulo. Estudou no Colégio Arquidiocesano, instituição de ensino de elite e conservadora, onde frequentou desde o Jardim da Infância até o final do Ensino Médio. Porém, era um colégio em que o tempo todo se faziam juras à bandeira nacional, porque o país estava em plena ditadura civil-militar. Quando entrou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), em 1988, no curso de Geografia, sua visão de mundo se transformou. Lá, viveu ares mais democráticos. Só que, ao fazer esse curso, percebeu que gostava mais das disciplinas de Antropologia, Sociologia e História, ficando muito interessado pelas aulas da professora Antonieta Antonacci. Migrou então para o curso de História, sendo logo convidado por Antonacci para fazer iniciação científica, que o colocou em contato direto com o universo da pesquisa. Como um autêntico "filho da PUC", pois toda a sua formação acadêmica se realizou lá, ainda mantém fortes laços de memórias afetivas com a instituição, onde se sente livre para ir e vir intelectualmente. Na PUC, além da professora Antonacci, outras referências foram a professora Leda Maria Pereira Rodrigues (sua querida Irmã Leda), que foi sua orientadora de mestrado, e a professora Yvone Dias Avelino. Seu primeiro trabalho foi como estagiário no Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, até ingressar formalmente na Área de Literatura do Centro Cultural de São Paulo, em 1993. A partir do ano 2000, ingressou no magistério do Ensino Superior (Universidade de Guarulhos, Anhembi Morumbi e PUC-SP). Como professor e pesquisador, desenvolveu os seguintes projetos de pesquisa: "Linguagens teatrais contestadoras de realidades sociais opressoras", "A cidade no cinema neorrealista italiano nos anos 1940", "História e escrita literária de Clarice Lispector", "História, memória e musicalidade da cantora Maria Bethânia", "As narrativas orais de docentes de EJA sobre o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira", "O cinema de David Lynch: uma voz surrealista nos anos 1990/2000", "Fragmentos de um discurso imagético: o cinema hollywoodiano de Billy Wilder", "Igreja Católica e Movimentos Sociais na perspectiva da oralidade e da imagem" e "Cultura, Trabalho, Educação: dimensões sociais de tensões culturais em São Paulo nos anos 1920-1940". Flório tem publicado diversos artigos em revistas especializadas e escrito "Polifonias da Cidade: memória, arte e cidade", "Olhares cruzados: cidade, história, arte e mídia", "História, Cotidiano e Linguagens" e "Tecituras das cidades: história/ memória/ educação". Atualmente participa do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade (NEHSC). (biografia por Francisco Carlos Ribeiro - Doutor em História pela PUC/SP)
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