O que fazemos quando só nos resta um segundo de vida? Em Viver dentro do fogo, esse instante se expande para conter mundos inteiros. Em meio a uma guerra, o soldado Sam vê uma bomba de napalm cair do céu. A morte avança sobre ele na forma de uma nuvem laranja incandescente. No tempo ínfimo que lhe resta, ele inventa histórias para povoar seu próprio fim: parentes-bruxas que colecionam homúnculos, as exéquias de um avô, deixado nu à mercê dos urubus, encontros em cemitérios de automóveis transformados em espaço de aprendizado. Ali, no coração das chamas, a imaginação não apenas resiste: ela se torna a própria vida.