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Jefferson Sarmento é escritor e editor brasileiro, autor de romances e coletâneas que transitam pelo terror, suspense, fantasia e ficção científica. Fundador da Tramatura, casa editorial dedicada a reviver o espírito das antigas revistas pulp e a publicar novos autores, atua como curador de coleções como Gritos de Horror, Científica Ficção e Fantástica Aventura, além de organizar edições comentadas de clássicos da literatura.
Como autor, construiu uma obra que combina o sobrenatural com a memória afetiva, explorando medos íntimos, a herança cultural brasileira e referências pop. Seu primeiro romance, Velhos Segredos de Morte e Pecados sem Perdão (2007), já revelava sua predileção por histórias sombrias. Em seguida publicou Os Ratos do Quarto ao Lado (2008) e, alguns anos depois, Alice em Silêncio (2015), que mescla drama e realismo mágico.
Entre suas obras mais conhecidas estão Relicário da Maldade (2019), que mergulha na nostalgia dos anos 1980 para revelar como o mal se infiltra no cotidiano, e A Casa das 100 Janelas (2021), romance que dialoga com o passado escravagista brasileiro ao transformar uma cidade mineira fictícia em palco de assombrações. Em 2023, lançou Terra de Almas Perdidas, um épico sombrio de mais de 500 páginas inspirado na lenda do "cramulhão da garrafa", que recebeu menção honrosa no VII Prêmio ABERST, na categoria Narrativa Longa de Terror.
Além dos romances, Jefferson também se destaca por projetos transmídia, como Noites de Tempestade, que une música e literatura em uma coletânea de contos e um álbum musical homônimo disponível em plataformas digitais. Seu próximo livro, A Menina que Fotografava Estranhos, reafirma sua busca por histórias em que a fantasia e o horror dialogam com a intimidade humana e a realidade social.
Graduado em Publicidade e pós-graduado em Escrita Criativa, Jefferson Sarmento desenvolveu uma escrita marcada por ritmo envolvente, riqueza de detalhes e atmosfera densa. Em seus livros, o leitor encontra tanto ecos de grandes mestres do horror e da fantasia quanto a reinvenção de mitos brasileiros e experiências pessoais transformadas em narrativa.
Como editor, dá voz a novos autores e resgata textos esquecidos, reforçando a tradição pulp em língua portuguesa e construindo um catálogo que mistura descoberta, memória e aventura. Como escritor, é lembrado por seus leitores como "um bom contador de histórias", alguém que se senta ao lado do público para narrar, em tom íntimo e cativante, tramas que oscilam entre o assombro e a emoção.
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