Desde cedo, fui acometido pelos fenômenos mediúnicos e paranormais. A primeira manifestação de que me lembro foi por volta dos dez anos. Ainda morava no campo, era final de ano e eu voltava da escola quando vi uma árvore cair atrás de um monte e me veio a sensação estranha de que nunca mais eu veria aquela cena. No começo do ano seguinte, meu pai anunciou que iríamos morar na cidade. Levei uma vida "normal" como todo e qualquer garoto da minha época: estudava, trabalhava, ajudava em algumas tarefas domésticas, enquanto o tempo passava e eu amadurecia.
No final do ensino médio, caí num vazio: que faculdade fazer? Qual caminho seguir? Além de buscar respostas para aquelas perguntas que nos acompanham desde que ganhamos consciência: de onde viemos? Para onde vamos? O que viemos fazer aqui? Quem é este "eu"? Na época, trabalhava numa companhia de seguros de nível nacional, tinha começado uma carreira promissora e parecia que o futuro já estava definido, mas as coisas mudam, estão sempre mudando.
Decidi estudar filosofia, pensando que ali encontraria as respostas que estava buscando, mas ao ingressar no curso me decepcionei com a forma como a filosofia era encarada. Em vez de aprender a pensar, você apenas era enquadrado em paradigmas. Abandonei. Vieram, então, os fenômenos mediúnicos de forma ostensiva, e eu passei a andar de centro espírita em centro espírita em busca de respostas para as minhas questões, dúvidas, o despertar para a realidade espiritual e a expansão da consciência.