VIAGEM SEM FREIOS A BERLIM, AMSTERDAM E ALPHA CENTAURI
Na primeira noite da excursão iniciada em Barcelona, o aventureiro "pé no trilho" é revistado pela polícia no trem noturno que atravessa o sul da França. Novas surpresas o aguardam ao saltar em Munique, onde se esbalda na Oktoberfest e encontra personagens estranhos, e em Berlim, onde é perseguido por skinheads. A parada seguinte é Praga. No embalo dos trilhos, ele escreve um roteiro sci-fi sobre visitantes aliens na Chapada Diamantina. E se dá conta de que há dias circula entre carros-restaurantes, poltronas e banheiros, num vaivém de trens.
Salta mais uma vez em Berlim, percorre ruas e monumentos reconstruídos e vê aparições da cultura teutônica. Reminiscências dos trópicos o acompanham, juntamente com a mala e a mochila. Como na vez anterior, não consegue vaga em hotel. Resolve, então, encarar de novo os trilhos, agora na direção Amsterdam, onde se instala em um quarto de subsolo na rua Danrak.
A viagem muda de eixo: do movimento físico em trens, estações e espaços públicos, nosso aventureiro transborda-se para o desvario mental e evoca amores, praias e embalos nos redutos da contracultura, entre eles a aldeia de Arembepe. Bate pernas pela cidade, filosofa com uma prostituta no distrito da Luz Vermelha, tenta costurar retalhos traumáticos da infância. A data de retorno aproxima-se e os delírios aprofundam-se, até o desfecho enigmático no capítulo final.