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Silvia La Regina Nasci em Roma, num 2 de julho muito ensolarado. Terminei a graduação com um trabalho sobre o poeta baiano Gregório de Matos e logo depois fui morar em Salvador, na Bahia. Considero-me, por tudo isso, baiana de adoção. Estudei Letras, depois de alguma hesitação - gostava também de história e de informática, e no fundo sonhava ser veterinária. Hoje me considero sortuda, porque adoro ensinar, ler (ensaios, policiais, clássicos, ficção científica, quadrinhos, romances contemporâneos...), escrever e cuidar de bichos, e posso fazer isso tudo. Tenho quatro gatas e planejo ter um cachorro, um SRD (Sem Raça Definida ou, como se diz por aí, pé-duro), o quanto antes. Continuo na Bahia, mas agora estou morando em Porto Seguro, numa casinha de dois andares, perto de um rio. Trabalho na UFSB, uma nova universidade, e tenho a sensação maravilhosa de estar fazendo parte de um processo de construção e criação (isso tudo, claro, me dá também muito medo, mas vou adiante). Vou a quase todos os cantos de bicicleta e caio com regularidade, mas sem grandes traumas. Escrevo sobre literatura brasileira e italiana e faço traduções.
Carlos e Ana nasceram quase por acaso, e acredito que eles se completem: um é tagarela e gosta de artes; a outra é metida a durona e gosta de ciências - mas, ao mesmo tempo, Carlos tem um viés prático, enquanto Ana tem uma relação privilegiada com os animais, com o irracional, e, timidamente, se encanta com as pessoas. Gosto que eles simbolizem a necessidade que temos do outro, a honestidade e a ternura para com todos os seres, sem pieguice. Desde criança sinto o fascínio das viagens no tempo: cientificamente possíveis ou não, são um barato! Por isso, Carlos e Ana, em suas aventuras, mergulham nas ondas do tempo e, juntos, sabem enfrentar todo tipo de situação e perigo.
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