PARA QUEM SOBREVIVEU À PRÓPRIA INFÂNCIA E NÃO ENCONTROU EM NENHUM LUGAR ESCUTA, APOIO E RECONHECIMENTO DE SUAS DORES
Ao longo de nossas trajetórias individuais e coletivas, todos nós atravessamos algum tipo de deserto, seja ele existencial, sentimental, emocional. E é na família, aquela que já nos concebia simbolicamente mesmo antes de existirmos, que podem residir os maiores mobilizadores para a criação - e manutenção - desse cenário. Muito de quem somos é causa e efeito dos cuidados que recebemos, por isso, invariavelmente, dinâmicas familiares adversas têm grande potencial de provocar feridas que vão impactar de modo resolutivo a nossa saúde mental, os nossos relacionamentos e o nosso dia a dia. Em Atravessando o deserto emocional, a psicanalista Thais Basile repercute temas delicados ligados à parentalidade, como:
- idealização familiar;
- dilema transgeracional;
- dispositivos de negligência e silenciamento;
- projeções e transferências nos filhos;
- identificação de limites;
- afastamento e rompimento das relações primeiras;
- construção de mecanismos de autoproteção.
Ela busca respostas sobre como podemos subverter as repetições problemáticas do ciclo geracional e nos tornar reflexos mais positivos para as nossas crianças. Com um olhar atento e acolhedor, sobretudo quanto aos papéis socialmente impostos às mulheres no processo do cuidar, a autora nos convoca a abraçar nossas vulnerabilidades, resgatar nossa essência mesmo nos lugares mais inóspitos e reencontrar quem seremos do outro lado. O texto conta com apresentação da pedagoga Ariella Wanner e da escritora best-seller Elisama Santos