Quando a tecnologia das megacorporações se sobrepõe cada vez mais aos governos, um algoritmo chega para acabar de vez com o último refúgio da liberdade individual: a linguagem. A partir de então, o uso das palavras passa a ser pago e monitorado, fazendo com que as pessoas deixem de ser apenas consumidores para se tornarem também produtos. E é através das vozes de vários personagens - e dos seus silêncios, última forma de resistência - que acompanhamos os ecos de uma distopia tão inventiva quanto assustadoramente verossímil. Afinal, o que acontece quando só dizemos aquilo pelo que podemos pagar?